segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ah, suspiros!

Voltei a minha antiga realidade. Me apaixonei incondicionalmente, sem pensar nas consequências, simplesmente me entreguei. O tipo doce, meigo, fofo, que manda mensagem do nada, que diz eu te amo, que abre a porta do carro, fala obrigado a tudo, todas caem na cafonice inventada pelos símios que aparecem pela nossa frente.
 Ledo engano, tudo certo, tudo rosa. Mesmo não querendo crer em tudo, eu fui me entregando, fui ficando boba também, o ceticismo já não era o mesmo, eu ria a toa, chorava por saudades, começava a crer em cada doce ilusão que ele me oferecia.
 Claro, lógico, que não deu certo, meu casamento com a escrita é igual o da maioria dos outros escritores de gaveta, só funciona quando há decepção, tristeza, amargura.
 Uma noite de bebedeira qualquer, no meio da musica alta, do cheiro de cigarro, o pé dolorido pelo salto, a enorme vontade de voltar pra casa e ver uma comédia romântica, por fim, no meio de tudo isso eu descubro o quanto sou uma trouxa. Ah o paraíso pra quem já estar bêbada, uma ligação dentro do táxi, três litros de lágrimas, 4 copos de vodca depois e lá estou eu, sem rumo, sinto que irei aprontar, é da minha natureza, ninguém se importa mais, não tem pai e mãe pra prender, não tem sobriedade, são três da manha, e eu sou uma pessoa livre, livre de tudo, livre de amor novamente!

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